Notícias

Na noite desta quarta-feira (22), o auditório 3 do Centro de Eventos da Faccat foi palco de um momento marcante para a preservação da cultura local: o lançamento do livro “Resgatando as Tradições”, de Telmo de Jesus Carlotto. A obra, que não tem fins lucrativos, é fruto de anos de pesquisa e dedicação, e terá os 700 exemplares impressos distribuídos gratuitamente para escolas, bibliotecas e instituições da região, com o objetivo de servir como material de pesquisa para a comunidade.

O evento contou com a presença de familiares, amigos e autoridades, entre elas o vice-prefeito de Taquara, Delmar Backes; o deputado estadual Joel Wilhelm; Eduardo Gleiser, representando o Sicredi, e o diretor de Cultura, Rafael Tourinho. O projeto foi viabilizado por meio de recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), via Ministério da Cultura e Governo Federal, com apoio da Prefeitura de Taquara, patrocínio do Sicredi e das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat).

Emoção pela apresentação da obra

Visivelmente emocionado, Telmo Carlotto falou sobre a longa trajetória até a publicação de seu primeiro livro solo. “Eu fico muito, muito emocionado, realmente, porque essa ideia começou há uns cinco anos. Mas aí veio a pandemia, depois a enchente... Foram anos difíceis para o Rio Grande do Sul, que acabaram atrasando tudo. No final do ano passado e início deste, consegui retomar e concluir o projeto”, relatou.

Kerb, Sociedades de Canto, Atiradores e Terno de Reis

A obra resgata quatro tradições marcantes da cultura regional: o Kerb, as Sociedades de Canto, os Atiradores de Ano Novo e os Ternos de Reis – costumes trazidos por imigrantes alemães e portugueses que, segundo o autor, estão em vias de desaparecer. “O meu objetivo foi justamente suprir as escolas e bibliotecas com material de pesquisa, que hoje não existe na nossa região sobre essas tradições. São práticas culturais que definem quem somos e que precisam ser preservadas”, afirmou.

O livro é resultado de extensa pesquisa de campo, com visitas ao interior e entrevistas com moradores que mantêm viva a memória dessas manifestações culturais. “Eu visitei muito o nosso interior conversando com pessoas das comunidades. São histórias que hoje fazem parte das nossas tradições, mas que estavam se perdendo. Por isso, chegar a este dia é muito importante”, disse Carlotto.